A Governança da Empresa Familiar: riscos da fragmentação
Muitos clientes e conselheiros me perguntam qual o caminho a trilhar para que sócios de fato e herdeiros recebam a Governança Corporativa em suas sociedades.
Recentemente comentei em uma conversa com um Conselheiro e Coach de lideranças a minha recomendação, por ordem cronológica:
- Preparo 👨🏼🎓
- Cuidado com a Fragmentação 🧩
- Compreender que Governança Corporativa é instrumento dos donos do capital 💵
Dedico este texto a explorar a questão da fragmentação.
O universo das #empresasfamiliares e a Governança de #valor para a sua perenidade encontrou na Teoria Social uma fonte incrível de conhecimento, lamentavelmente ignorado pelas “experiências” de “empurrar” os modelos de Governança Corporativa das SAs listadas para estas empresas. A sensação dos empresários e seus herdeiros é um misto de frustação, de se sentir acuado pela falta de conhecimento, preocupação com o custo e falta de visibilidade dos benefícios. O resultado: pouco ou nenhum.
Assim o empresário e seus herdeiros lidam, de forma isolada e descoordenada, com psicólgos, advogados patrimonialistas, coaches, consultores com experiência prévia mas não necessariamente com a formação adequada; buscando tratar a dor do momento, sem a visão completa do caminho adequado a seguir. Cada um deles entrega o seu melhor, mas cada um, isolado, não gera nada mais que um “vôo de galinha”.
O fato é que as Ciencias Sociais Aplicadas indicam claramente os cinco (5) itens mais demandados na busca pela perenidade das empresas familiares e de capital fechado. Indico aqui, sem ordem de importância, pois novamente, é fundamental abordar todos de forma coordenada.
– Essência Familiar: conjunto ético, apego emocional ao negócio, altruísmo, legado
– Estratégia do Capital: meu investimento na empresa (acumulado) está sendo bem remunerado? Tenho apetite como família para seguir investindo?
– Papéis dos Familiares: O quê, como e porquê cada membro da família deve contribuir para o sucesso contínuo do negócio
– Monitoramento: Você sabia que o altruísmo sabota o monitoramento? Qual o ambiente familiar propício para que o monitoramento seja construtivo?
– Sucessão: na propriedade do investimento, antes de olhar a operação. O herdeiro deseja receber este quinhão de participação? Está pronto para recebê-lo?
Por conta destes cinco pilares, denominamos nossa ferramenta principal de “PENTAGRAMA DA LONGEVIDADE“.
A explicação e justificativas completas dos cinco pilares estão em meu livro “Empresa DE Família, uma abordagem prática e humana para a conquista da longevidade“, disponível aqui na PRIME (com direito a dedicatória, se desejar) e para o Amazon Kindle.
Mas tem mais: em pesquisa desenvolvida pelo Instituto Empresa DE Família em 2022, o tema mais difícil de ser apresentado para discussão, para a vasta maioria dos empreendedores e seus familiares é o #3: Papéis. O #4, Monitoramento, o mais rechaçado pelos familiares que atuam na empresa. Reforça esta tese.
O grande problema da aderência de empresas familiares a uma visão e operação societária visando o longo prazo é que elas são bombardeadas de forma fragmentada. Coaches e Psicólogos garantem tratar muito bem a essência, a união e o legado. Consultores financeiros e butiques de fusão e aquisição prometem oferecer a melhor estratégia para o capital. Consultores em gestão aprofundam temas de papéis (apenas na operação) e monitoramento. E por fim, advogados tributaristas e de família “cuidam” da sucessão (usualmente tributária-patrimonial apenas).
Definitivamente cada um deles entrega o melhor possível, mas a falta de uma ação coordenada e com um propósito pré-definido termina por resultar, em cada iniciativa, a entregar um “vôo de galinha”, com ganhos tangíveis no curto prazo, mas que cobram mais no médio e no longo prazo. Resultado: frustração e descrença no valor que uma governança corporativa que agrega conceitos das ciências sociais aplicadas ao arcabouço econômico-jurídico (vastamente praticado) pode aportar, tornando o ambiente familiar mais relaxado e fluido e a empresa mais robusta perante o mercado.
O importante é que você, empresário, e você, herdeiro, busquem um apoio que conecte o verdadeiro conhecimento (e atualizado!) com a entrega na vida real, afinal sua empresa merece voar alto, gerando benefícios para você, sua família, seus colaboradores, fornecedores, clientes e para a sociedade, e não ficar “soluçando” a cada intervenção descoordenada. Para tanto, convido a conhecer a (Trans)Formação de Herdeiros e(m) Sócios para iniciar esta jornada pelo conhecimento.
Para evitar a fragmentação, considere nossa abordagem. Contate-me para saber como.
Seguimos juntos! Um abraço!
Idealizador do Instituto Empresa DE Família e co-fundador da PRIME, é também CCA IBGC – Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC, onde contribui nas comissões de Conselho de Administração e no Grupo de Trabalho do Agronegócio; Conselheiro Consultivo Certificado pelo Celint e pela BRA Certificadora, onde também ministra o módulo de estratégia no Curso de Formação de Conselheiros Consultivos; e associado da ABC³, onde contribui com duas comissões temáticas. Atua como Conselheiro Consultivo na AR70 Corporation e foi Conselheiro Fiscal da Neoenergia/CELPE. Membro do IFERA – International Family Enterprise Research Academy. Mestre em Governança Corporativa com pesquisa em Empresas Familiares e autor do livro Empresa de Família – uma abordagem prática e humana para a conquista da longevidade publicado pela Saint Paul Editora em agosto/2020, disponível também em formato eletrônico, Kindle e aqui na PRIME (com direito a dedicatória se desejar).
Tag:Governança
1 Comentário
Sensacional. Muitas vezes o empresário, na correria do dia a dia, quer também resolver a estrutura por etapas. PERIGO!